quarta-feira, 21 de setembro de 2011

HONORÁVEIS BANDIDOS – COMENTÁRIOS

“Para quem você tira o chapéu?”, já dizia o apresentador de TV, Raul Gil. Esta simples frase traduz um gesto de respeito e admiração utilizado pelos nossos avós e pais. Geralmente eram direcionados àqueles do povo que realmente merecia tal atitude, em função de seu caráter e personalidade. Atualmente, pouco se vê alguém dispensar tal tratamento a alguém de respeito.
As honrarias mudaram e os critérios também. O que se constata nos dias de hoje, muitas vezes, caracteriza inversão de valores.
Algumas pessoas “tiram o chapéu” para figuras que ocupam os lugares mais altos e insuspeitos que usam meios escusos, imorais e criminosos para locupletarem e perpetuarem no poder. Figuras estas, que ocupam cadeiras que deveriam ser ocupadas por pessoas dignas e honradas de verdade. Estas últimas, sim, merecem que tiremos o chapéu.
Daí a ousadia de usar a inteligente expressão do nobre comunista Karl Marx: “Honoráveis Bandidos”, para descrever aqueles gananciosos que usam práticas feudais (coronéis) para permanecerem no poder e enriquecerem as custas do dinheiro público. Esta gente não tem escrúpulos nem limite moral. A única coisa que importa é o dinheiro e em poucos casos a família. Afinal, eles são “expert” na “formação de família”...
Em Salvador, ouve-se uma anedota atribuída a um “Honorável” político, que diz: “para os amigos os favores da lei, para os inimigos os rigores da lei”. Todos sabem como representantes deste naipe agem para manter-se no poder. Eles envolvem todos os poderes institucionais: Legislativo e Judiciário a fim de um único objetivo: legalizar o que é ilegal. Sendo assim, fica fácil superfaturar contratos; admitir servidores além do permitido; comprar mercadorias que não chegam aos depósitos e quando chegam, a quantidade não condiz com as notas fiscais. Desta forma, praticam atos ilícitos e criminosos, perseguem os que de alguma maneira os incomodam e assim por diante.
Para alguns honoráveis, o céu é o limite. Eles enganam o povo com pequenos mimos – subemprego; fazem ameaças para intimidar e aos olhos da sociedade se relacionam muito bem com seus discursos adocicados. São, na verdade, uma organização criminosa que conta com o apoio estatal.
Realmente, é de se “tirar o chapéu”, como ainda existe estas figuras nos dias atuais apesar da disponibilidade de tanta informação na internet, imprensa, TV, rádio, jornal etc.
Será que estas figuras estão interessadas em ter um povo culto e crítico, ou um povo dependente, carente (de informação), um povo beato (só diz amém), pacífico a ponto de não reclamar nem de seus direitos de cidadão, um povo vulnerável que sofre ameaças e cala a boca com uma promessa ou uma gorjeta (um salário mínimo para três servidores).
Portanto, remeto-vos à necessidade de estarmos atento à realidade e nos informamos para que possamos ter conceitos e opiniões sensatas, inteligentes e embasadas sobre a nossa sociedade, principalmente sobre os atos de nossos “honoráveis”.
( Por Mácio Damasceno)
Ei Galera!!! Vai ter evento...
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O pior analfabeto é o analfabeto político


Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

Nada é impossível de Mudar. Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.

Privatizado, privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.

Antologia Poética de Bertolt Brecht